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Grêmio de Material Bélico

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DE MATERIAL BÉLICO

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 Evolução Doutrinária do Quadro de Material Bélico
 

O desenvolvimento de uma doutrina específica para o emprego do Quadro de Material Bélico baseou-se, inicialmente, na Portaria nº 155 – Reservada, de 31 de outubro de 1962, que se referia à organização do Material Bélico.

Durante vários anos, manuais estrangeiros adaptados à realidade brasileira foram utilizados nos cursos de formação e aperfeiçoamento de Material Bélico.

Em 1982, foi editado o Manual C 9-7 – Companhia de Material Bélico do Batalhão Logístico, primeiro documento a regular o emprego em campanha de uma organização militar do Quadro. Dois anos depois, surgia o C 29-15 – Batalhão Logístico.

Em 1986, foi editado o Manual de Campanha C 9-1 – Emprego do Material Bélico, com doutrina que preconizava para o Quadro as seguintes missões:

Em 1993, o Manual C 100-10 – Logística Militar Terrestre adotou uma visão sistêmica da logística (aprofundada, posteriormente, pelo novo C 100 – 5 – Operações, edição 1997), que estabeleceu, como apoio logístico ao combate, as missões de prever, prover e manter a Força nas áreas de material e pessoal.

(Texto baseado em artigos publicados na revista "Material Bélico" – Mais de dois séculos de História, da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.)

O Material Bélico e a Logística: vitais para os exércitos!

Os últimos conflitos ratificaram a importância cada vez maior do papel da Logística como interface entre todos os níveis do espectro estratégico-operacional. Mais do que multiplicador de combate, a Logística passou a ser definidora do curso das guerras.

No próximo século, os exércitos evoluirão à medida que sejam capazes de assimilar doutrina e organização modernas, bem como treinamento e uso intensivo de tecnologia avançada. A Logística militar do século XXI terá como características fundamentais: agilidade, visibilidade, flexibilidade, confiabilidade, previsão e pronta resposta, sendo também frutam de relacionamento com a indústria e a pesquisa.

No Exército Brasileiro, como resposta às necessidades de integração e racionalização, o Departamento Logístico, oriundo da fusão do Departamento de Material Bélico e do Departamento-Geral de Serviços, passa a realizar de forma centralizada todas as funções logísticas (prever, prover e manter) relativas à área do material, por meio de diretorias identificadas com as atividades de suprimento, transporte, mobilização e manutenção.

O Quadro de Material Bélico vem reunindo experiências diversificadas que solidificaram seu papel no apoio logístico às operações militares, tomando parte de exercícios de adestramento em todos os rincões do País e contribuindo para a preparação das tropas brasileiras enviadas ao estrangeiro em missões de paz. Igualmente vem constituindo peça fundamental na supervisão e execução rotineiras de manutenção e fornecimento de suprimentos.

Oração do Quadro de Material Bélico

AVE POLIA, CHEIA DE GRAXA

O MOTOR É COM RONCO

BENDITAS SOIS AS VELAS ENTRE AS BIELAS

BENDITO ÉS O FILTRO QUE VOSSO AR CONDUZ

SANTA BATERIA, MÃE DOS RABICHOS

ROGAI POR NOSSOS DISTRIBUIDORES

AGORA E NA HORA DE NOSSA CENTELHA

ANÉIS

 Quadro do Material Bélico

O Quadro de Material Bélico realiza o apoio logístico voltado para a manutenção do material bélico, principalmente, os armamentos, as viaturas e as aeronaves. Inclui-se aí, o suprimento de peças e conjuntos de reparação destinados a esses materiais. Cuida ainda, do suprimento de combustíveis, óleos, graxas e lubrificantes para motores e máquinas.

O Exército Brasileiro criou o Quadro de Material Bélico (QMB), em decorrência da participação brasileira na II Guerra Mundial. Segundo estudiosos de história militar, a última grande guerra teria sido vencida, principalmente, pela Logística. Graças a esta, os blindados de Patton e as viaturas de Bradley mantiveram-se em estado permanente de disponibilidade. Essa eficácia operacional resultou da capacidade dos exércitos aliados de manterem seus veículos em funcionamento quase ininterruptamente. A Força Expedicionária Brasileira pôde comprovar, naquela ocasião, esses exemplares padrões de manutenção e suprimento. Portanto, dessas lições históricas veio a criação do QMB.

A assertiva do imperador francês Napoleão Bonaparte “Os exércitos marcham sobre seus estômagos” ganhou roupagem nova na guerra moderna de armas tecnologicamente sofisticadas.

Na verdade, podemos afirmar que, conforme têm demonstrado os conflitos recentes, “os exércitos marcham sobre seu apoio logístico”.

De 1959 até os dias atuais, muito se fez pela evolução do Quadro de Material Bélico. O desafio, agora, é dar continuidade a esse esforço evolutivo. Para isso, dispomos de muitos casos por estudar, como, por exemplo, as experiências de forças brasileiras em Moçambique e em Angola, na presente década.

Devemos ter em mente que a má logística do material pode resultar em derrota militar e em efeitos devastadores sobre o moral da tropa. O sucesso na guerra depende, em grande parte, do apoio logístico.

E, dessa infraestrutura logística eficiente e rápida, destacamos, hoje, as atividades de manutenção, transporte e suprimento de material bélico.

Canção do Quadro de Material Bélico

Nos paióis, nas oficinas
Enfrentando ardis e minas,
Porfiaremos de alma forte,
Com denodo e valentia.
Noite e dia sem cessar,
Cumpriremos nosso dever,
Pouco importa vida ou morte,
Nosso intuito é vencer.

Na paz, o progresso;
Na guerra, a vitória;
Construir a grandeza,
Lutar pela glória
Da pátria com ardor,
Com arrojo e bravura.

Com esforço de gigante,
Seguiremos sempre avante,
Sem temer treva ou metralha,
Cumpriremos a missão.
Apoiando a vanguarda,
Quer no ataque ou na defesa,
Do triunfo na batalha,
Levaremos a certeza.

Na paz, o progresso;
Na guerra, a vitória;
Construir a grandeza,
Lutar pela glória
Da pátria com ardor,
Com arrojo e bravura.

Letra: José dos Santos Rodrigues

Patrono do Quadro de Material Bélico
NAPION

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Carlos Antônio Napion nasceu em Turim na Itália, a 30 de outubro de 1757, onde, como militar e engenheiro dotado de cultura técnico-especializada na área do Material Bélico, alcançou o posto de major.

A partir de 1800 passou a prestar serviços ao Exército do Reino de Portugal e, em 1808, veio para o Brasil com o Príncipe Regente D. João VI, onde recebeu a missão de lançar as bases e promover o desenvolvimento da indústria bélica nacional. Com dinamismo, descortino e objetividade, o ínclito militar lançou a semente da logística do material. Atingiu o posto de tenente-general, o último da hierarquia militar no Brasil, no qual veio a falecer em 22 de junho de 1814, quando presidia a Junta da Real Academia Militar.

Prestou relevantes serviços ao Brasil quando este se tornou Reino Unido a Portugal e Algarve. Em razão disso, teve brilhante trajetória militar, ascendendo ao posto de oficial-general exclusivamente por seus méritos. Dentre seus trabalhos, destacam-se o esforço que empreendeu nos primórdios da industrialização do País e os livros técnicos que escreveu.

Alguns dos cargos exercidos por Napion:

  • Inspetor-Geral da Real Junta Fazenda dos Arsenais, Fábricas e Fundições;
  • Diretor do Arsenal Real do Exército;
  • Diretor e Organizador da Real Fábrica de Pólvora da Lagoa;
  • Inspetor-Geral de Artilharia;
  • Membro do Conselho Supremo Militar;
  • Inspetor e Fiscal da Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema; e
  • Presidente da Junta Militar da Academia Real Militar.

 

 

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